As dores articulares e periarticulares são possivelmente as causas mais frequentes de incapacidade funcional em pacientes adultos e consequente afastamento das atividades laborativas.
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Existem inúmeras causas de dor articular e inicialmente é de extrema importância ouvir seu paciente para obtenção de uma boa história clínica: interrogar intensidade da dor, duração dos sintomas, número de articulações acometidas, fatores de piora ou melhora, presença de rigidez, alterações muco-cutâneas e sintomas sistêmicos como febre e perda de peso. Em seguida, realizar um exame físico minucioso das articulações afetadas: avaliar a presença de edema, crepitação, calor ou rubor é indispensável na obtenção do diagnóstico correto.
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Os exames laboratoriais e de imagem são complementares e direcionados de acordo com o raciocínio médico e suspeita diagnóstica.
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Dentre as causas mais comuns destacam-se as doenças degenerativas como a osteoartrite; as inflamatórias como a artrite reumatóide, sarcoidose, vasculites, artrites microcristalinas e o lúpus eritematoso sistêmico; as artrites reativas e as infecciosas. Além disso, a dor articular pode ser proveniente de traumas ou sobrepeso causando lesões de meniscos, bursas, cápsulas articulares e tendões. Pode ainda ser secundárias a doenças sistêmicas subjacentes como processos neoplásicos ou doenças endócrinas, ou fazer parte ainda do espectro da fibromialgia.