Nada mais é do que um anticorpo contra uma porção específica (Fc) de uma Imunoglobulina G (IgG), podendo o próprio FR ser uma Imunoglobulina (IgA ou IgM ou IgG).
Ele está presente em até 90% dos pacientes com Artrite Reumatóide (AR), doença crônica e autoimune mais frequentemente associada a este anticorpo. Também pode aparecer no soro de pacientes portadores de outras doenças imunomediadas como: Síndrome de Sjogren (75-95%); Doença mista do tecido conjuntivo (50-60%); Crioglobulinemia mista (40-100%); Lúpus Eritematoso Sistêmico (15-35%); Dermatomiosite e Polimiosite (5-10%).
Além disso pode estar presente em paciente com condições não reumatológicas como doenças infecciosas (endocardite bacteriana, hepatite B e C, Tuberculose, Sífilis, Hanseníase e infecções virais); doenças pulmonares (sarcoidose, fibrose intersticial pulmonar -FIP, Silicose e Abestose) e alguns tipos de neoplasias.
É importante lembrar que indivíduos saudáveis podem apresentar o Fator Reumatóide, tanto em adultos jovens 👨🏽 (4%) e principalmente em idosos 👵🏻 até 25%).
É importante lembrar que não há utilidade em repetir e seriar a dosagem do FR nos paciente que já apresentam o diagnóstico de AR, sendo utilizado nos casos em que ainda há dúvida quanto ao diagnóstico. O titulo do FR pode cair com o tratamento eficaz, porem a flutuação do nível sérico não se correlaciona intimamente com a atividade da doença, portanto não deve ser usado rotineiramente para monitorizar a atividade da doença.
