Todos nós sabemos que o hábito de fumar é algo prejudicial a saúde.
As complicações podem ser respiratórias, cardíacas, diversos tipos de câncer como de pulmão, boca, garganta, etc.
Mas, por que o reumatologista, ao investigar sintomas articulares, pergunta se o paciente fuma ou se já foi fumante?
Sim, esta pergunta é realmente muito importante.
O tabagismo está associado com muitas doenças reumáticas.
A mais importante e frequente é a artrite reumatóide (AR), que atinge 0,5% da população brasileira, podendo chegar a 2% em alguns países.
As toxinas presentes na fumaça do cigarro induzem a produção de anticorpos específicos presentes na AR, iniciando um processo inflamatório que se acredita iniciar nos pulmões e evoluir para acometer as articulações.
Deste modo, o tabaco pode desencadear a doença em indivíduos geneticamente predispostos.
Além disso, o cigarro também pode aumentar a gravidade da doença e ainda reduzir a resposta aos tratamentos mais modernos e
efetivos.
Algumas outras doenças reumáticas como o Lúpus Eritematoso Sistêmico também tem no tabagismo um fator de risco importante para o seu desencadeamento.
Quem também sofre com a exposição ao tabaco são os ossos. Esta exposição favorece anormalmente a reabsorção óssea enquanto reduz a sua formação, o que pode levar ao aumento de risco de osteoporose e de fraturas por fragilidade.
São muitos os motivos para ficar longe do cigarro, prevenir as doenças reumáticas é um destes.